terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Montadores de Xbox que quase cometerem suicido coletivo resolvem impasse com empresa



Exploração e trabalho escravo em grandes fábricas pelo mundo são notícias que vez por outra são veiculadas na mídia. Uma das empresas conhecidas por essa política de exploração é a empresa chinesa Foxconn Technology Group.

O caso envolve uma gigante do mundo dos games: a Microsoft. Cerca de 300 funcionários da Foxconn - uma empresa que monta os consoles Xbox 360 - da cidade de Wuhan, na China, organizaram um suicídio coletivo após uma série de desentendimentos com a empresa.

O impasse teve inicio no dia 2 de janeiro, quando os funcionários pediram aumento de salário. Alem do pedido ser negado, a empresa teria oferecido duas opções: ou o sujeito continuava trabalhando ganhando a mesma coisa, ou pedia as contas para ter direito a todas as compensações trabalhistas legais.

O resultado é que os funcionários optaram pela rescisão. Contudo a empresa não honrou com seu compromisso, e não pagou o acerto dos trabalhadores. Por conta desta situação, os ex-funcionários entraram na fábrica e foram direto para o telhado, de onde ameaçaram pular caso as compensações não fossem pagas.



O prefeito da cidade, Tang Liangzhi, teve de ir até lá em pessoa para conversar com os ex-funcionários e convencê-los a descer do telhado em segurança.

A Microsoft disse em nota que “leva as condições de trabalho nas fábricas que fabricam seus produtos muito seriamente, e nós estamos investigando essa questão”.

Essa não é a primeira ocorrência relacionada a suicídios na empresa. No ano de 2010, nove trabalhadores de fábricas conectadas à companhia cometeram suicídio em um período de cinco meses.

O ocorrido fez com que clientes da Foxconn, como a Apple, enviassem equipes de inspetores para checar as condições de trabalho. A empresa acabou aumentando os salários dos trabalhadores.

A companhia emprega cerca de 800 mil trabalhadores, a maioria deles na China.

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