O futuro do Flash está cada vez mais nebuloso. Usado em 75% dos vídeos na internet, 70% dos jogos casuais online e em quase todos os 100 maiores sites da rede, segundo dados da própria Adobe, nada parecia conseguir abalar essa enorme supremacia. De uma hora para outra, no entanto, surgiram duas ameaças reais: a Apple, que fabrica alguns dos dispositivos portáteis mais usados no mundo, e o HTML 5, novo padrão da web que está sendo desenvolvido pelo World Wide Web Consortium (W3C).
Steve Jobs não esconde seu desprezo pelo Flash. Milhões de desenvolvedores ficaram surpresos quando o presidente da Apple disse que a plataforma da Adobe funciona adequadamente em desktops e notebooks, mas não em smartphones e tablets — e, por isso, não será adotada no iPhone e no iPad. Em uma polêmica carta divulgada em abril, ele listou suas críticas. Para Jobs, trata-se de uma solução ao mesmo tempo fechada e proprietária, que traz problemas de segurança, prejudica a performance dos aparelhos, consome muita bateria, não funciona direito com telas sensíveis ao toque e restringe inovações em aplicativos.
Havia expectativa sobre a adoção do Flash no iPad, no iPhone e no iPod Touch, dispositivos responsáveis por boa parte do acesso móvel à internet no planeta. A Apple, contudo, acabou de vez com qualquer esperança. Ao apontar os motivos da decisão, Jobs afirmou que o Flash tornou-se dispensável. A chegada do HTML 5 e sua combinação com CSS 3, SVG e JavaScript permite desenvolver muitas das coisas que apenas a plataforma da Adobe era capaz de fazer — e, para Jobs, sem vários dos problemas causados pelo Flash.
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