quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Desenvolvedores aproveitam aprimoramento do Twitter para criar aplicativos

Existem mais de 250 mil opções para um usuário atualizar e acompanhar o Twitter sem ter de abrir a página da rede social. São sites e aplicativos baseados na API - código que permite que outros programas usem as funções do site que o gerou - do serviço de microblogging.
Em maio, o Twitter aprimorou sua API e, com isso, facilitou a vida dos programadores, expandiu a possibilidade de criação de serviços e trouxe mais estabilidade para os aplicativos e sites criados a partir dela. Muitos desenvolvedores atribuem a essa melhoria o recente lançamento de diversos apps nacionais. "Agora, a API está muito mais completa e robusta. Está boa para os padrões Twitter", diz Thiago Campezzi, criador do Moovee.me. "Toda vez que a baleia (mensagem de erro da rede) aparece, o que não é raro, nosso site sai do ar também."
Os aplicativos que acessam redes sociais são o tipo mais baixado no mundo. No Brasil, país com a maior porcentagem de pessoas conectadas usando mídias sociais, não é diferente, e tanto desenvolvedores independentes quanto empresas da área estão entrando no promissor mercado de aplicativos e sites que se valem do modelo de publicação social do Twitter.

MIGRE.ME
Lançado em fevereiro de 2009, o Migre.me encurta URLs e gera estatísticas para mostrar os tweets mais populares. Depois de uma brincadeira na Campus Party, Jonny Ken criou o Migre.me. O encurtador chamou a atenção de investidores, e Jonny passou a viver de suas criações - ele também é o pai do Kindim, serviço que indica quem seguir no Twitter. Jonny cansou da vida empresarial, comprou seus sites de volta e, agora, enfrenta o mercado. Na semana passada, passou por grande provação: em três dias, o Migre.me perdeu todo o banco de dados, mudou de servidor e voltou ao ar. Ele sobreviveu e pensa adiante: em breve, lançará um serviço de listas colaborativas no Twitter.

MOOVEE.ME
Há anos, os publicitários Daniel Sollero e Thiago Campezzi nutriam o desejo de desenvolver um projeto. Em março veio a ideia e em junho o site de resenhas de filmes em 140 caracteres estava no ar. No Moovee.me, o usuário encontra informações sobre filmes, escreve resenhas e dá nota para cada um deles. "Ele foi construído em inglês porque usamos o banco de dados da Netflix, maior que qualquer uma em português", conta Thiago. A ideia é viver da criação de ferramentas para redes sociais. "Monetizar o site ainda não é uma prioridade, queremos pensar em como fazer isso sem estragar a experiência do usuário", diz ele. "Viver do Moovee.me, por enquanto, é um sonho."

POLITWEETS
Depois de estudar formas de participação popular na internet e de fazer parte da campanha da Barack Obama como voluntário, Leonardo Martins ficou ainda mais interessado em processos de mobilização social pela web. Com Matheus Mendonça, seu sócio e companheiro de surfe, lançou o Politweets em junho do ano passado. O site reúne perfis de políticos para incentivar o acompanhamento do que os ocupantes de (ou aspirantes a) cargos públicos estão falando. O Surftweets funciona no mesmo modelo, mas reúne surfistas profissionais. A inclusão dos políticos e dos surfistas ainda é feita manualmente e você pode indicar perfis a serem cadastrados.

TWEE.LI
É um serviço de bate-papo que usa a rede de contatos que você construiu no Twitter - menos pessoal do que costuma ser a do MSN e mais guiada por afinidade de assuntos. "Muita gente já usa o Twitter para conversar. A ideia foi criar um lugar para que isso seja feito realmente em forma de chat", conta Jairson Vitorino, um de seus criadores.

TWITFOTO
Primeiro site brasileiro de compartilhamento de imagens voltado para o Twitter, permite que você a marque seus amigos nas fotos, crie marcas d’água, goste ou não de uma imagem e veja os dados de exibição (quantidade de votos, de visualizações e de retweets) de cada uma. Gera um e-mail único pelos qual fotos pode ser enviadas via celular.

TTPHOTOPICKER
Um aplicativo gratuito que publica fotos tiradas no celular diretamente no Twitpic. Alexandre Trevisan, sócio diretor da empresa que criou o app, acredita que o maior desafio de um desenvolvedor atualmente é a diversidade de aparelhos e sistemas operacionais existentes hoje. Esse, por enquanto, está disponível apenas para clientes da Nokia.

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